É com a prosa sempre sarcástica de Gregório Duvivier que ficamos a conhecer o Papai Noel (e também o vovô) do humorista brasileiro. Atrevidos, com o aval de Duvivier, puxamos a barba a este Papai Noel. Depois, com Charles Dickens e o seu avarento Scrooge, não resistimos aos fantasmas e odiamos a época natalícia. Mas, perdidos por entre a magia das palavras e imagens do mundo das crianças, é tempo de voltar a sonhar com o Natal. É então tempo também de preencher vazios, como faz Joana Abreu no Porto, construindo ligações entre as palavras e o desejo de preservar o património. Da "pequenina luz" de Jorge de Sena aos "pobrezinhos" das tias de António Lobo Antunes, passando pela ladainha de David Mourão-Ferreira, há Natal aqui para todos os gostos.