Chega de comboio a Santa Apolónia. Perde o autocarro e, por isso, decide ir a pé até aos Anjos, local onde passará a viver com a avó paterna. Envolvido pela promessa da noite, altera o seu percurso e decide seguir um rapaz até uma festa da qual nunca ouviu falar e onde não conhece ninguém.
Acorda, sozinho, na sua cama de casal. Ainda ressacado e sem nada para fazer, decide que é altura de organizar mais uma festa. Compulsivamente, vai entrando em contacto com toda a gente que se move nos seus meios. O que começa por ser um evento mais casual, até porque, supostamente, não há corpo (nem vida), que aguente festas todos os dias, volta a colocá-lo numa situação limite.
Ao chegar o fim-de-semana, Margarida, uma jovem em começos de licenciatura, prepara-se para mais uma noite de estudo, ausente das festas que acontecem à sua volta. No entanto, a partir de um impulso para lá da sua compreensão, Margarida decide sair de casa e tentar viver, pela primeira vez, a fantasia de ser alguém diferente.
De dia, Nazim trabalha na mercearia do seu tio e, à noite, trabalha com Maruf num típico fast-food de kebabs, na zona do Martim Moniz. A hora já é tardia, mas um grupo de jovens insiste em manter-se dentro do estabelecimento. O momento torna-se tenso por momentos. O grupo fica à porta a beber e a situação apazigua-se. Nazim deixa-se seduzir pela ideia de integração. Vagueia pela noite com eles.
Ao longo do dia, Júlia vai-se encontrando com um universo de pessoas, num movimento contínuo que coexiste harmoniosamente com a rotina casa-faculdade-casa. À noite no seu quarto, relaxa pela primeira vez enquanto prepara o dia seguinte. De madrugada recebe uma mensagem, o movimento contínuo quebra, um elemento inesperado altera a rotina. É hora de voltar a pegar na mota.