Um boneco é raptado misteriosamente à porta de um café, levantando suspeitas sobre uma possível vaga de violência contra bonecos. Enquanto isso, a Engenheira Isabel Lima, poderosa líder da Tapamisto, garante publicamente o seu apoio à comunidade peluda, enquanto nos bastidores as tensões e manipulações começam a desenhar os contornos de uma luta muito maior.
A comunidade de bonecos começa a organizar-se perante o aumento de raptos. Numa reunião improvisada na lavandaria, nasce a ideia de criar uma associação. Entre várias sugestões de nomes, nasce o acrónimo FELP: Frente Espetacular pela Liberdade Peluda. Enquanto isso, a polícia mostra-se pouco motivada a investigar e a tensão na cidade aumenta.
O FELP começa a ganhar notoriedade e visibilidade nas redes sociais, enquanto a repressão se intensifica. Os bonecos enfrentam o ridículo, o preconceito e a violência policial durante um protesto que acaba de forma desastrosa. No meio do caos, surge uma liderança inesperada: Diogo é eleito presidente do movimento.
Um protesto radical bloqueia uma estrada e dá visibilidade à causa dos bonecos, mas termina em atropelamento coletivo. A sociedade divide-se: há quem defenda os bonecos e quem os queira de volta à prateleira. Na escola, Beatriz confronta o preconceito parental enquanto na rua os manifestantes enfrentam a brutalidade e a marginalização com humor, fúria e dignidade.
João torna-se viral com a sua foto na esquadra e começa a sua ascensão a influencer improvável. A popularidade digital colide com a seriedade da luta e deixa o grupo dividido entre likes e militância. Enquanto isso, uma pista comprometedora surge nos bastidores da investigação, aproximando a polícia da verdade.
O FELP começa a perder unidade, dividido entre ações moderadas e radicais. Diogo pondera candidatar-se à Câmara Municipal, enquanto Rogério tenta vender casas sem vista para o mar como se fossem miradouros. Além disso, um busto em homenagem aos bonecos desaparecidos é revelado... e é tão ridículo quanto simbólico. A luta continua, entre o absurdo e o desespero.
As frustrações acumulam-se: os bonecos são atacados, insultados, discriminados e ridicularizados. Mas a luta interna também se intensifica - dentro do próprio FELP, surgem divisões ideológicas e estratégicas. Uns querem agir, outros querem sobreviver. E até os que só queriam uma vida calma e peluda, agora vivem numa revolução.
No coração do esquema, a engenheira Isabel e a vereadora Teresa orquestram, a partir do gabinete, o tráfico internacional de pêlo de boneco. Tapetes, mentiras e mortes acumulam-se enquanto, cá fora, o FELP protesta com um jejum intermitente que gera tanto gozo como empatia. O absurdo começa a tornar-se trágico.
A morte de mais um boneco marca um ponto de não retorno. O corpo surge com a palavra TAPAMISTO marcada na nuca, e as suspeitas tornam-se certezas. Enquanto a polícia começa finalmente a ligar os pontos, Diogo prepara-se para enfrentar as urnas. Mas as traições e jogos de bastidores não dão tréguas: Rui, assessor da engenheira, compra informações no submundo peludo.
O FELP vive a sua maior crise. O ataque a um espetáculo infantil lança o grupo para o descrédito e aprofunda as divisões internas. Diogo aposta tudo nas eleições para salvar a reputação do movimento, mas o passado de cada boneco ameaça vir ao de cima. Num mundo onde todos têm enchimento, é difícil manter-se inteiro.
O FELP mergulha numa crise de imagem após protestos violentos e entrevistas malconduzidas. João torna-se o improvável porta-voz, mas perde rapidamente o controlo e a paciência, perante os media. Enquanto isso, Rogério acolhe Martins em casa, e os bonecos são cada vez mais alvo de desprezo público. A luta tornase doméstica, mediática... e profundamente desconfortável.
Uma onda de raptos de bonecos assola o país, especialmente na apanha da pera nas Caldas da Rainha. A comunicação social, os agricultores e a população reagem com desinteresse, preconceito e ignorância. Rogério tenta manter a paz em casa, mas os conflitos conjugais, escolares e peludos tornam a missão impossível. Portugal continua a não saber lidar com bonecos.