Piloto

A discreta e desinteressante rotina do dentista Adalberto Paladino (Marcelo Adnet) é transformada com a chegada de uma paciente linda, de olhar misterioso. Ao fim do tratamento dentário, a ardilosa Sheila (Taís Araújo) confessa não ter como pagar pelo serviço, e Paladino decide oferecer a ela o cargo de assistente até que a dívida seja quitada. Pouco tempo depois, ele e seu amigo Sergio (Leandro Hassum), o protético com quem divide a sociedade do consultório, descobrem que a pilantra desapareceu após ter furtado seu estoque de anestesias e uma grande encomenda de coroas de ouro. Inconformados, eles procuram, sem sucesso, a ajuda da vizinha de consultório, a advogada Vera (Helena Fernandes). Também recorrem ao auxílio da polícia, e acabam descobrindo pelo inspetor Miler (Diogo Vilela) que Sheila é apenas uma das diversas identidades usadas pela bela pilantra, que já é de longa data procurada. O renomado delegado aposentado Eurico (Otávio Augusto), pai de Paladino, logo se apressa em retirar o filho da delegacia, temendo que alguém descubra que ele é um dentista. Sua grande decepção é que Paladino tenha ignorado a longa tradição policial familiar de combater o crime, por isso desdenha da carreira odontológica que ele escolheu. Cansados de serem passados para trás, Paladino e Sergio se recusam a aceitar a impunidade e decidem fazer justiça com as próprias mãos. Eles iniciam então uma caçada a Sheila (Taís Araújo). Ao encontrá-la, obrigam a pilantra a colaborar no resgate dos itens roubados do consultório. A atrapalhada e cômica operação os coloca diante de um dos golpistas mais procurados pela polícia, e o final bem-sucedido da jornada de entregar o criminoso à polícia sem revelar suas identidades os concede o título de justiceiros misteriosos pela mídia. A identidade secreta vai passar a ser assumida pelo trio na calada da noite, após uma jornada diária de combate às cáries.